Palestra esclarece dúvidas sobre mudanças no Funrural
Para informar sobre as alterações do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), que começaram a valer neste mês de janeiro, a Cooperativa Agroindustrial de Pedro Afonso (Coapa) realizou na noite desta quinta-feira, 10, uma palestra com produtores rurais cooperados e colaboradores.
O encontro, realizado no auditório da sede administrativa da cooperativa em Pedro Afonso, reuniu cerca de 60 pessoas e orientou sobre as mudanças na alíquota paga pelos produtores rurais, implementadas pela Lei 13.606/2018, e que permite que escolham a forma de contribuição, tendo a alternativa de realizar o pagamento por meio da base de cálculos do valor de comercialização da produção rural ou pela folha de pagamento do empregador.
O Funrural, que tem recolhimento obrigatório, trata-se de um fundo rural voltado para contribuição social e permite que os empregadores rurais possam se aposentar. Conforme a nova regra, eles poderão optar por contribuir para a Previdência Social com base na folha de pagamento, em substituição à contribuição previdenciária sobre a comercialização da produção rural.
O assessor jurídico e contábil da Coapa, João Lopes, explicou que a opção sobre a forma de contribuição será manifestada mediante o pagamento da contribuição incidente sobre a folha de salários relativa a janeiro de cada ano, ou à primeira competência subsequente ao início da atividade rural. “Após escolher umas das opções de contribuição, o produtor não poderá alterar a forma de pagamento da alíquota, que será irretratável para todo o ano”, pontuou.
Segundo o presidente da Coapa, Ricardo Khouri, a reunião com os cooperados esclareceu os principais pontos da mudança no Funrural proposta pelo Governo Federal. “Assim, nosso cooperado pode se organizar já neste início de ano por meio de uma assistência técnica, que vai permitir com que eles façam escolhas mais vantajosas dentro de suas perspectivas”, declarou Khouri.
Para o produtor rural Carlos Gercomelli, a reunião foi bastante proveitosa e esclareceu as dúvidas, sobretudo para quem é novato no agronegócio brasileiro. “É meu primeiro ano plantando soja e o quinto de produção aqui no Brasil. É muita coisa para aprender, pois é diferente no país vizinho, mas aqui a gente tem esse suporte”, disse o produtor brasileiro, que antes cultivava grãos no Paraguai.
Já o agricultor Walter de Souza Oliveira, que produz soja e milho em uma área de 2 mil hectares em Tupirama e tem quatro trabalhadores contratados, aproveitou o momento para esclarecer qual medida será mais eficiente e lucrativa. “Foi uma reunião muito boa, pudemos ver as alternativas e escolher a melhor”, ressaltou.
Por: Ascom Coapa
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